quinta-feira, 10 de maio de 2012

Linha do Tempo - Romantismo em Portugal século XIX

Nas artes plásticas o Romantismo é considerado um movimento oposto ao neoclassicismo, que foi um movimento cultural que surgiu na Europa e que teve grande influência na arte e na cultura do Ocidente.
Ele tem como marco forte o poema criado por Almeida garret - Camões, em 1825, mas só depois de anos ele se enraízou em  Portugal.
O Romantismo durou cerca de 40 anos terminando em 1865 por conta da questão Coimbrã.É interressante resaltar que durante e depois de 1865 os poetas românticos e prosistas publicavam ainda
com sucesso suas obras.






 
Características gerais: 
• a valorização dos sentimentos e da imaginação; 
• o nacionalismo; 
• a valorização da natureza como princípios da criação artística; e 
• os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 
A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retomou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico. 
Obra Destacada: Edifício do Parlamento Inglês 
Características da pintura: 
• Aproximação das formas barrocas; 
• Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador; 
• Valorização das cores e do claro-escuro; e 
• Dramaticidade 
Temas da pintura: 
• Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; 
• Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e 
• Mitologia Grega 
Principais artistas: 
Goya
- Nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746. Morreu em Bordeaux, em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade. Obra destacada: Os Fuzilamentos de 3 de maio de 1808. 
Turner
- representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a presença da máquina (locomotiva). Obras destacadas: Chuva, Vapor e Velocidade e O Grande Canal, Veneza. 
Eugène Delacroix
(1798-1863), suas obras apresentam forte comprometimento político e o valor da pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias). Culto, dono de uma língua ferina, rico e namorador. Amigo do compositor Frèderic Chopin, inimigo do romancista Honoré de Balzac, admirado pelo poeta Charles Baudelaire e indiferente às demais celebridades de seu tempo, Delacroix tinha noção da própria grandeza. "A principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos", escreveu na derradeira nota de seus famosos diários, em 1963, menos de dois meses antes de morrer. Nascido num momento crucial da História da França, aquele em que a burguesia revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre o monarquia dos reis Capeto, o pintor viveu a maior parte da vida jovem e adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga ordem natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão Bonaparte, a restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente, a entronização do rei Luís Felipe, em 1830. Seu quadro mais conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado como um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por inspiração do movimento que levou Luís Felipe ao trono da França. 


      


Feito por Ellen,Thaís e Milena.


 



Romantismo em Portugal (1825/1865)
- 1825 – publicação do poema narrativo Camões, de Almeida Garrett, em que o autor apresenta um biografia sentimental do grande poeta renascentista português.
- 1865 – ocorrência da Questão Cimbrã, uma polêmica intelectual que envolveu escritores românticos e escritores novatos. Tem esse nome porque centralizou-se em Coimbra, cidade portuguesa que abriga uma das mais antigas universidades da Europa.
Nesse contexto ocorrem as primeiras manifestações do Romantismo português que se desenvolveu em três momentos distintos:
1º momento – escritores com características ainda neoclássicas:
Almeida Garrett (1799/1854) – Camões (1825) / Dona Branca (1826) / Folhas Caídas (1853) poesia / Viagens na minha Terra (1846) prosa / Frei Luís de Sousa (1844) teatro
Alexandre Herculano(1810/1877) – O Bobo (1843) / Eurico, o presbítero (1844) / O monge de Cister (1848) / Lendas e narrativas (1851)
Antônio Feliciano de Castilho (1800/18750) – A noite do castelo (1836) / Os ciúmes do bardo (1836)
2° momento – Escritores plenamente românticos
Soares de Passos (1826/1860) – Poesias (1855)
Camilo Castelo Branco (1825/1890) – Amor de Perdição (1862) / Amor de Salvação (1868) / A doida do Candal (1867)
3° momento – Escritores de um romantismo mais contidoJoão de Deus (1830/1896) – Campo de Flores (1893)

Período de Transição (1808-1836)
Simultaneamente ao final das últimas produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, significou o início do processo de Independência da Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é considerado de transição na literatura brasileira devido à transferência do poder de Portugal para as terras brasileiras que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho Continente nos moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de foco artístico e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da colônia desde o ano de 1763.
Segundo o crítico literário Antônio Cândido, no livro Noções de Análise Histórico-literária:
"No Brasil não havia universidades, nem tipografias, nem periódicos.Além da primária, a instrução se limitava à formação de clérigos e ao nível que hoje chamamos secundário, as bibliotecas eram poucas e limitadas aos conventos, o teatro era paupérrimo, e muito fraco o intercâmbio entre os núcles povoados do país, sendo dificílima a entrada de livros."

O que explica o desenvolvimento literário incipiente, se comparado com o mesmo período na metrópole. Os autores vistos até então eram produto da educação europeia e/ou religiosa que receberam.
Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser impressos no território, em função da Imprensa Régia, derrubando a medida que proibia sua impressão e difusão sem a autorização prévia de Portugal, dando início não apenas ao desenvolvimento da literatura mas, também, a um sentimento de nacionalidade no território, uma das principais características do período romântico brasileiro.

Feito por: Gabriela Cabral e Letícia Braga

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